quinta-feira, 2 de setembro de 2010

THE GALO POWER



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THE GALO POWER


Se passaram exatamente 3 anos desde que a The Galo Power fez sua primeira aparição no cenário roqueiro de Goiás, no festival Perro Loco, de 2007. Dentre algumas dificuldades, a maior delas sempre foi mesmo a grana, já que feeling, inspiração e dedicação nunca faltaram para a banda, que passou de dupla pra power trio e atualmente é um quarteto, formado por Bruno Gallo nos vocais e na guitarra, Evandro Galo na bateria, Rodolpho Power no baixo e Salma Soul nos vocais.


Sobre o que é feito pela banda, notoriamente não se trata de revolução musical, mas puramente de influências, devoção e respeito ao que os mestres do segmento do rock deram ao mundo como contribuição. Letras que falam sobre amizade, amor pelo universo, paixões, ódio pelo desprezo e fritações marcam as melodias do primeiro álbum, previsto para ser lançado no início do mês de outubro pela Two Beers or Not Two Beers.


Para aqueles que pensam que a banda busca uma ascensão desenfreada, por shows extravagantes, fiquem calmos... o quarteto não tem pressa, se tem algo que sabem prezar é a simples união dos amigos em um estúdio, executando aquilo que mandam suas almas malditas, a lissergia e seus gostos ultrapassados!


.Qual foi primeira intenção quando montaram a banda?

Então... a princípio nunca houve outra intenção além do simples fato de se divertir e explorar a música naquele paradoxo lissérgico em que vivíamos. Morávamos juntos os primos Gal(l)o e começamos a fazer a trilha sonora de nossas vidas... a partir disso, começamos apenas eu e o Evandro numa brincadeira em casa mesmo, gambiarras de prato com cabo de rodo, meia lua e uma guitarra plugada no amp sujo. As primeiras composições iam surgindo sem pretensão alguma, às vezes encarávamos estúdios, gravamos toscamente nossas primeiras músicas em 2007 (inclusive a Mary me Marry é uma delas e vai sair no Ancient Rise como bônus) até que o Rodolpho se juntou a nós, num dia na lanchonete da FAV, dizendo que tinha tirado as nossas músicas e mostrando prontidão para a presepada que viesse! Posso dizer que hoje as intenções são outras, apesar de sermos todos novos, a idade vai batendo e a seriedade procura seu espaço nisso também.

. Em relação ao som de vocês e a cena de Goiânia,o que acham?

Todos que nos conhecem sabem que a nossa marca é e sempre será um classic rock feito por jovens que nasceram da década de 80, a aceitação é por um lado ótima e também tem um quê de duvidosa, visto que o que progride no quesito rock em Goiânia é um som mais voltado pra década de 80 e 90, sendo mais específico, o Stoner Rock, Garage Rock, Metal, Hardcore, Metalcore e outros "Cores" afins. O lado bom de se fazer esse tipo de som é que ele sempre chega nos ouvidos de quem merece, ou seja, os mais velhos e a jovem guarda que teve acesso a esse tipo de som e sabem respeitá-lo. Aqueles que entendem que o que fazemos é uma reverência àqueles que vieram antes de nós, os dinossauros do rock, que são o ponto de partida pra tudo que existe hoje, respeitam o que é feito por nós e também se divertem, isso é maravilhoso! Por outro lado, existe uma galera mais jovem proveniente dos "cores" (sem generalizar) que dão um certo desprezo a esse tipo de trabalho, porque para eles isso não é novidade, não há originalidade, e não estão errados, a nossa intenção realmente não é de surgir como o "impacto da originalidade musical". Se quiséssemos, estaríamos vivendo uma grande mentira. Goiânia merece sair dessa cegueira coletiva, de que alguns são melhores que outros pois um som é de vanguarda, enquanto outro é velharia. Respeito aos que vieram antes de nós sempre cabe em qualquer contexto. Faz parte dessa cegueira também a arrogância de alguns produtores da cidade, que carregam o estandarte da humildade e da bandeira do underground mas por fim acabam fazendo banquetes nos umbigos uns dos outros e excluindo emergentes de grande potencial, o crédito deles sempre gira em torno de uma mesma mesa.

.Quais são as principais influencias pro som do The Galo Power?
Complicado hein? Ha! Os quatro vieram de berços muitíssimos diferentes, possam crer! O Evandro morou grande parte da vida dele em Jataí, e nessa cidade, ele foi precursor e influenciador da cena punk, com o "Hit Podre" e o "Pedófilos, e dái?", bandas já extintas. Por esse motivo, a veia mais pulsante do Evandro sempre foi o Punk mesmo, mas assim como pra todos os outros três da banda, o rock n roll veio surgindo aos poucos. Eu mesmo era um lixo cultural, sem identidade alguma, até os meus 16 anos. Foi mesmo muito tarde, mas em boa hora, que minha mente aceitou o rock n roll e hoje é sem dúvido o sentido da minha vida. O Rodolpho tem uma veia oitentista muito forte, completamente contaminado pelo rock nacional dessa época e principalmente pelo The Clash. Da Salma posso dizer que ela é o reflexo daquilo que ela sempre disse gostar, as divas do gogó: Elis Regina, Joan Baez, Aretha Franklin, e outras. Hoje, pra falar a verdade, as melodias são impregnadas das coisas boas que andamos explorando juntos, como o Grand Funk Railroad, Nazareth, Ten Years After, The Who, Led Zeppelin, e outros do gênero. Dessa parte melodiosa, eu e o Rodolpho ainda apossamos! Hehehehe! Da parte ideológica, todos contribuem de forma mágica, e como é mágico participar disso com meus amigos!

.Quais são as expectativas pra banda daqui pra frente?
Quando soltamos ao ar a palavra "futuro", a vista nos parece ficar mais turva. Não sabemos a que tipos de análise somos propensos a estar, qual é o nosso nível de aceitação sob vista meramente musical ou mercadológica, e é nessa penumbra que caminhamos. Enquanto isso, estamos reunindo em estúdio, nas casas uns dos outros, em bares, discutindo sobre nossas vidas, nos divertindo, ao mesmo tempo em que isso é uma coisa séria para todos nós. Seguimos a passos lentos para a aceitação do nosso trabalho, onde quer que ela esteja, respeitamos nosso tempo e nossos limites, sem querer atropelar ninguém. Eu creio que vai ser bom pra gente nos projetar pra fora da cidade, buscar outro apanhado de valores e o mais importante, nunca deixar a alegria e a amizade se acabarem.

. E sobre o lançamento do cd?
"Ancient Rise", nossa primeira demo, ou EP (já que terá 10 músicas), parece um jumento a ser parido de tanto tempo que tá levando pra sair. Quando surgiu a oportunidade com o Segundão de lançar pela TBonTB ficamos muito felizes, porque com certeza seria uma forma transparente de se lançar nossa mídia no mercado. A capa eu mesmo fiz, de forma tosca e amadora, com as idéias de todos reunidos em um almoço maravilhoso na casa da Salma num dia de domingo e nesse mesmo dia saiu o nome do CD, que foi sugestão minha. Sem mais delongas, cremos que ele sairá, no mais tardar, no início de outubro, pois ainda estamos gravando as duas últimas faixas do disco, a Odissey e a Lissergic Groove e esperamos que os fãs de um bom classic rock possam ter a oportunidade de segurar um desses em mãos e espalhar esse vírus por onde puder!!




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Lanna C.

5 comentários:

  1. The Galo Power é uma banda que tem nosso respeito por fazer um som simples, direto, bem executado, com felling ao extremo, reverenciando o old-school rock'n roll, tendo uma postura respeitosa para com as demais bandas da cena. Queremos esse EP aí! Vida longa ao bom rock'n roll e a Galo Power.

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  2. radio carbono depois de anos no anonimato resolveu puxar o saco pra parar de puxar carroça

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  3. Tem muita gente perdida nessa selva sonora.
    Também tem muita gente se achando...

    Galo Power encontrou um caminho legal.

    Só não pode perder a bússola, senão vira galeto!

    Gosto do som deles. Ainda tá brutíssimo... É só lapidar. Um bom produtor musical e eles vão voar bem alto.

    .

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