quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Entrevista com André "Porcão" Donzelli- Tendencies Palmas TO



Quando eu era criança pequena na cena underground goiana lá pelos idos de 1995,96 mais ou menos eu sempre via uma figura estranha e rotunda e que meus amigos sempre diziam: "Ah lá o pai do Segundo". Esse cidadão era o André Donzelli, conhecido por Porcão e sempre ia em todos os shows e eu pirava praquele gordão cheio de tatoos que morava em Trindade, com um respeito por gente mais velha que só a cena underground dos anos 90 pode propiciar. Os anos passaram e eu tomei meu lugar na cena também e ai que eu fui conhecer o Porco melhor, mas nisso ele já tava em Palmas e montando o bar dele, o Tendencies. O Porcão é uma figura importante pra cena de Goiânia, pra cena de Trindade e pra cena de Palmas e isso é o bastante pra respeitar a figura mesmo com alguns conflitos ideológicos que eu tenho com a Abrafin e o Fora do Eixo, grupos dos quais ele faz parte. E do fator do cara não levar as bandas da Two Beers pra tocar por lá apesar da nossa insistência em querer muito tocar em Palmas, infelizmente desde 2004 a gente tenta armar mas nunca rola... Além desse esquema de produzir shows e festivais e de ter o bar o Porco ainda é o vocalista de uma das bandas mais figuras da cena HC nacional que é o Baba de Mumn-. Tocando fantasiado e queimando bíblias o cara causa furor nos shows... Porém nem tudo são flores nesse mundo... e essa entrevista que a gente vai publicar aqui no Beerblog é meio tensa. Foi publicada por lá e não teve a devida repercussão ou debate, então eu estou cedendo o espaço do blog para ver se ajuda a espalhar a entrevista que por sinal ficou muito bem feita!

Quem fez a entrevista foi a Patrícia Vasconcelos, aquela que ficou famosa nos shows da TBonTB fazendo a deliciosa Caipriniha de Melancia em alguns shows que a gente fez por volta de 2008. Agora ela tá morando em Palmas e frequenta a cena de lá e espero que essa entrevista seja apenas a primeira de várias contribuições da garota pro Beerblog! Sem mais delongas, vamo lá com a entrevista!


Entrevista Inédita com André Porcão do Tendencies!

Por Patrícia Vasconcelos Bugsy Malone.

@patriciavfo

O texto abaixo contém vocabulário coloquial, gírias e termos censuráveis.

André Porcão é Proprietário do Tendencies Rock, em Palmas, na Avenida LO 03. O “complexo” Tendencies inclui estúdio de ensaios musicais, bar, palco coberto com boa aparelhagem para realização de shows, espaço ao ar livre para o público, mesas de bilhar, loja de CDS, camisetas e acessórios, Piercing e Tatuagem. André é idealizador do Tendecies Rock Festival, um dos dois maiores Festivais música underground alternativa do estado, junto com PMW. Já tocaram em seus shows bandas como Raimundos, Blaze Bayley, DFC, dentre dezenas de outras de renome nacional e internacional.

Durante o 7º PMW Rock Festival, fomos aos bastidores, e aproveitamos para entrevistar André Porcão. Após o show de sua banda Baba de Mumm Ra, o vocalista nos deu um minuto de seu tempo e respondeu à questões polêmicas que todos os rockeiros do Tocantins queriam saber!

Porto Na Web: Gostaríamos de saber quais suas principais influências musicais.

Porcão: Minha formação é Hard Core, mas dizer assim “sua influência” é complicado porque eu tenho 25 anos que estou no rock e tal, já escutei de tudo, e o que eu acho bom eu escuto até hoje. Mas influências da Baba de Mumm Ra, assim, é difícil falar, vira e mexe eu apronto umas nos ensaios que nem o pessoal da minha banda acredita, saca? Mas influências da Baba são Grind Core e o Brega que é uma coisa que agente curte para caralho, todos os integrantes curtem muito. Basicamente são, Grind Core, Brega, Ska e Black Metal.

PNW: A próxima pergunta eu formulei com base em boatos que rolam na cidade. O que você acha quando dizem que você monopoliza a cena underground de Palmas?

Porcão: Cara, eu vou falar o seguinte. Para mim, monopólio é igual a posto de gasolina, onde você monta posto atrás de posto e os outros têem que pedir autorização pro cara lá em cima pra colocar seu preço. E eu, eu sou o único que tem coragem de fazer alguma coisa.

PNW: Então é uma questão de pioneirismo e não uma questão de monopólio?

Porcão: Eu queria muito que não existisse isso. Um festival desse como o PMW, cara eu amo isso de coração, porque tem aparelhagem boa, boas bandas, eu também toco e me divirto muito, e tipo assim, desculpa a sinceridade, mas se tiver prejuízo ou não eu não to nem aí. Diferente do Tendencies Festival (festival de grande porte realizado todo ano pelo entrevistado), tem Tendencies que eu nem toco, fico tenso, penso “nossa será que vou tomar prejuízo, vai quebrar isso , vai quebrar aquilo”. Eu queria, e queria MUITO, que não houvesse esse monopólio. Queria fazer meu festival e não ter mais datas livres pra fazer outras coisas. Queria que todo mundo fizesse, mas infelizmente eu sou o único, e sou incentivador. Falar bastante gente fala, mas por o seu na reta, arriscar grana, aí é difícil



PNW: Gostaríamos de saber qual a sua relação e a relação da sua banda com os meninos da banda Mata Burro, vocês são amigos pessoais, rola um favoritismo?

Porcão: Amigos pessoais, somos amigos pessoais sim. A banda surgiu dentro do Tendencies e sou amigo pessoal de todos os membros da banda, desde então, agente tá junto, bebe junto. Quando um de nós está no prego o outro ajuda. Mata Burro é parceiro e amigo.

PNW: O que você tem a dizer sobre o público rock, teoricamente, em termos vulgares, “pagar Pau” para você?

Porcão: Na verdade eu acho que eu sou corajoso, gosto de rock, acredito no que eu faço, e diante disso, as pessoas acabam me vendo como referência. Não existe essa de paga ou não paga. Tem nego que desce a lenha em mim, mas foi lá no show do Blaze Bayley (Ex vocalista do Iron Maiden, que tocou no Tendencies esse ano ) Então é o seguinte: se acham que o que eu faço não é bom, porque não vai e organiza? Não organizam nem uma banda aqui em Palmas mesmo, então... Existe um monte de gente assim no tocantins, tem um monte de formador de opinião, que tem liderança e tal, que fala fala e tal, mas eu aqui... Eu perdi uma casa para construir o Tendencies. Quem tem coragem de fazer isso?




PNW: No final das contas Porcão, valeu a pena sair de Trindade – GO, e vir aqui pro Tocantins investir e ser pioneiro na cena Rock?

Porcão: Primeiro, a decisão de vir pra cá, foi por causa de um outro emprego que eu tinha, então não rolou isso de vir pra ser pioneiro. Eu cheguei aqui com meu serviço arrumado e tentei dar continuidade ao que eu fazia em Trindade e Goiânia. Passei seis meses morando em Hotel, aí assim que a empresa me efetivou aqui e eu fui promovido, eu me mudei pra uma casa e comecei a pôr as manguinhas pra fora. E comecei a chegar aos caras que organizavam alguma coisa. Cheguei no Alberto que organizava os Racans, e disse “Cara vamo por uma estrutura nisso daí, isso tá muito ruim”. Não tinha iluminação, o cara não podia fazer uma distorção, tinha pedal, mas não tinha cubo. Aí de repente do nada, eu pensei “ Cara, já que vou ficar aqui, vou montar uma loja de rock’n roll”, que é o sonho de qualquer rockeiro. Isso tudo paralelo ao meu serviço. Montei a loja e os caras falaram que eu era doido, doido, doido da cabeça de montar uma loja de rock no Tocantins... Aí passou nove, dez meses, um ano, a loja deu certo. Ela começou a se pagar. Aí o que acontece, Vou fazer um festival com o nome da loja, e foi o Primeiro Tendencies. Aí sempre tocava banda de amigo meu. Aluguei um som decente, grandão. Se tomei prejuízo, é claro! Mas foi sensacional cara. Hoje toca DFC, Macackongs, show grande, estrutura grande e tudo o mais...

PNW: Sobre seu show de hoje. Teoricamente algumas bandas convidadas para tocar aqui no festival PMW foram escolhidas via votação na internet. E no meio do seu show você convidou os meninos do Mata Burro – que não foram selecionados pra tocarem no festival – para subir ao palco. E durante suas clássicas performances você destruiu com uma guitarra um monitor. Isso foi uma forma de protesto contra essa seleção que foi realizada para o PMW?

Porcão: Não, Não. São duas coisas separadas, totalmente diferentes uma da outra. Primeiro o Mata Burro. Não chamei o Mata Burro pra tocar no PMW. Chamei pra tocar com a Baba, junto com a família Baba (referindo-se à sua banda Baba de Mumm Ra). Todo show agente apronta alguma coisa diferente. E dessa vez foi convidar o Mata Burro pra tocar uma música nossa enquanto agente ficava só bebendo e se divertindo em cima do palco. Mata Burro são nossos amigos, chamei não pro PMW, mas pro nosso show da Baba. Tanto que a presença deles não durou nem um minuto. Já a questão do monitor, é porque eu não agüento cara, 300 canais religiosos, mais 200 canais de venda on line. Toda a mídia do mundo que nego pode comprar, compra e coloca o que quer. Não colocam uma coisa legal. Eu hoje, sou um cara mal informado, assumido, porque não assisto canal de televisão aberta. Me falam “você viu? Mataram tal pessoa” e eu não sei, sabe porquê? Por que eu procuro coisa legal pra ver. Tenho tevê por assinatura e assisto a shows, documentários, jornalismo, meio mundo de coisas. Então, mataram tal pessoa e o criminoso ficou impune? Eu mudo pro programa de culinária.Eu tento fazer minha parte. Nego fica seis meses falando de caso Nardoni, Bruno, porque ninguém fala daquela ONG que amparou 300 velhinhos? Porque ninguém fala isso? Aí dois meses depois não falam que a ONG conseguiu um curso de xadrez pros velhinhos. Porque? Só falam o Bruno peidou, o Brunou cagou, a vítima era atriz pornô, cara.... E o Brasil, e a cabeça, e a boa vontade???

PNW: Sem te conhecer pessoalmente eu arrisco a dizer que seu estilo favorito é Hard Core. No entanto, todas as bandas locais que te apresentam, você sempre elogia. Isso é uma forma de incentivo ou uma mera tentativa de cultivar público?

Porcão: É uma forma de ter a cabeça boa. Não é porque eu não gosto que a banda é ruim. Exemplo Boddah Diciro. Eu os considero a melhor banda de Palmas, e eu não gosto do estilo. Eu só gosto de duas músicas deles. Uma eu gosto bastante e a outra eu gosto mais ou menos. E mesmo assim eu acho a melhor banda do Estado. Os caras são articulados, são organizados, se você ligar agora pros caras tocarem, eles estão prontos. Então a questão é o seguinte, se é bem tocado é bem feito, independente de eu gostar ou não, é a mesma coisa... Quando eu vou num festival eu ouço pelo menos duas músicas de cada banda pra ter embasamento pra pelo menos falar mal. Posso achar uma bosta saca? Mas eu vejo. Eu gosto de Hard Core, de Grind Core, de Brega, tal, mas eu sei distinguir uma banda quando ela é boa, quando ela é ruim. Eu sei quando uma dupla sertaneja é ruim ou quando é boa.

PNW: Porcão, cidades como Goiânia, com 2 milhões de habitantes não tem nenhum local estabelicido (destinado ao underground) como aqui em Palmas que tem 180 mil habitantes, com a estrutura que você tem, que é o Tendencies. Alguém que queira realizar show tem que sofrer para conseguir autorização de lugar, correr atrás de som, mesa, técnico, e aqui não. Aqui você tem tudo isso disponível 24 hrs. Se alguém quiser contratar, quiser fazer um show, existe essa disponibilidade, mesmo a cidade tendo apenas 20 anos de existência. O que você diz sobre isso.

Porcão: Vou te explicar o que é isso. Nego tem que ser porra louca e não pode ser sensato pra fazer o que eu fiz. Tem que ser totalmente insensato. Não sou mais tão insensato assim hoje, mas fui e não me arrependo. Não de arrependo dessas coisas. E coisas que me derem vontade de fazer, eu faço. Hoje eu moro com minha esposa num quarto com uma cozinha e uma áreazinha num espacinho nos fundos do Tendencies. Eu tinha uma casa gigantesca de 250 metros quadrados construída. Vendi pra pagar contas e manter o bar vivo e tal. E eu tenho esperanças de comprar uma casa maior e dar conforto para minha esposa e ajudar minha família. Só que eu fui insensato e cara... Não me arrependo. Eu vivo isso, e o Tendencies é foda e tá de portas abertas pra todo mundo. Fui insensato e sou feliz por isso.

Bem pessoal é isso. Agradecemos novamente ao Porcão pela entrevista e esperamos que tenham gostado! Estejam livres para comentar!!

Texto: Patrícia Vasconcelos ( patriciavfo@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / twitter: @patriciavfo



quinta-feira, 2 de setembro de 2010

THE GALO POWER



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THE GALO POWER


Se passaram exatamente 3 anos desde que a The Galo Power fez sua primeira aparição no cenário roqueiro de Goiás, no festival Perro Loco, de 2007. Dentre algumas dificuldades, a maior delas sempre foi mesmo a grana, já que feeling, inspiração e dedicação nunca faltaram para a banda, que passou de dupla pra power trio e atualmente é um quarteto, formado por Bruno Gallo nos vocais e na guitarra, Evandro Galo na bateria, Rodolpho Power no baixo e Salma Soul nos vocais.


Sobre o que é feito pela banda, notoriamente não se trata de revolução musical, mas puramente de influências, devoção e respeito ao que os mestres do segmento do rock deram ao mundo como contribuição. Letras que falam sobre amizade, amor pelo universo, paixões, ódio pelo desprezo e fritações marcam as melodias do primeiro álbum, previsto para ser lançado no início do mês de outubro pela Two Beers or Not Two Beers.


Para aqueles que pensam que a banda busca uma ascensão desenfreada, por shows extravagantes, fiquem calmos... o quarteto não tem pressa, se tem algo que sabem prezar é a simples união dos amigos em um estúdio, executando aquilo que mandam suas almas malditas, a lissergia e seus gostos ultrapassados!


.Qual foi primeira intenção quando montaram a banda?

Então... a princípio nunca houve outra intenção além do simples fato de se divertir e explorar a música naquele paradoxo lissérgico em que vivíamos. Morávamos juntos os primos Gal(l)o e começamos a fazer a trilha sonora de nossas vidas... a partir disso, começamos apenas eu e o Evandro numa brincadeira em casa mesmo, gambiarras de prato com cabo de rodo, meia lua e uma guitarra plugada no amp sujo. As primeiras composições iam surgindo sem pretensão alguma, às vezes encarávamos estúdios, gravamos toscamente nossas primeiras músicas em 2007 (inclusive a Mary me Marry é uma delas e vai sair no Ancient Rise como bônus) até que o Rodolpho se juntou a nós, num dia na lanchonete da FAV, dizendo que tinha tirado as nossas músicas e mostrando prontidão para a presepada que viesse! Posso dizer que hoje as intenções são outras, apesar de sermos todos novos, a idade vai batendo e a seriedade procura seu espaço nisso também.

. Em relação ao som de vocês e a cena de Goiânia,o que acham?

Todos que nos conhecem sabem que a nossa marca é e sempre será um classic rock feito por jovens que nasceram da década de 80, a aceitação é por um lado ótima e também tem um quê de duvidosa, visto que o que progride no quesito rock em Goiânia é um som mais voltado pra década de 80 e 90, sendo mais específico, o Stoner Rock, Garage Rock, Metal, Hardcore, Metalcore e outros "Cores" afins. O lado bom de se fazer esse tipo de som é que ele sempre chega nos ouvidos de quem merece, ou seja, os mais velhos e a jovem guarda que teve acesso a esse tipo de som e sabem respeitá-lo. Aqueles que entendem que o que fazemos é uma reverência àqueles que vieram antes de nós, os dinossauros do rock, que são o ponto de partida pra tudo que existe hoje, respeitam o que é feito por nós e também se divertem, isso é maravilhoso! Por outro lado, existe uma galera mais jovem proveniente dos "cores" (sem generalizar) que dão um certo desprezo a esse tipo de trabalho, porque para eles isso não é novidade, não há originalidade, e não estão errados, a nossa intenção realmente não é de surgir como o "impacto da originalidade musical". Se quiséssemos, estaríamos vivendo uma grande mentira. Goiânia merece sair dessa cegueira coletiva, de que alguns são melhores que outros pois um som é de vanguarda, enquanto outro é velharia. Respeito aos que vieram antes de nós sempre cabe em qualquer contexto. Faz parte dessa cegueira também a arrogância de alguns produtores da cidade, que carregam o estandarte da humildade e da bandeira do underground mas por fim acabam fazendo banquetes nos umbigos uns dos outros e excluindo emergentes de grande potencial, o crédito deles sempre gira em torno de uma mesma mesa.

.Quais são as principais influencias pro som do The Galo Power?
Complicado hein? Ha! Os quatro vieram de berços muitíssimos diferentes, possam crer! O Evandro morou grande parte da vida dele em Jataí, e nessa cidade, ele foi precursor e influenciador da cena punk, com o "Hit Podre" e o "Pedófilos, e dái?", bandas já extintas. Por esse motivo, a veia mais pulsante do Evandro sempre foi o Punk mesmo, mas assim como pra todos os outros três da banda, o rock n roll veio surgindo aos poucos. Eu mesmo era um lixo cultural, sem identidade alguma, até os meus 16 anos. Foi mesmo muito tarde, mas em boa hora, que minha mente aceitou o rock n roll e hoje é sem dúvido o sentido da minha vida. O Rodolpho tem uma veia oitentista muito forte, completamente contaminado pelo rock nacional dessa época e principalmente pelo The Clash. Da Salma posso dizer que ela é o reflexo daquilo que ela sempre disse gostar, as divas do gogó: Elis Regina, Joan Baez, Aretha Franklin, e outras. Hoje, pra falar a verdade, as melodias são impregnadas das coisas boas que andamos explorando juntos, como o Grand Funk Railroad, Nazareth, Ten Years After, The Who, Led Zeppelin, e outros do gênero. Dessa parte melodiosa, eu e o Rodolpho ainda apossamos! Hehehehe! Da parte ideológica, todos contribuem de forma mágica, e como é mágico participar disso com meus amigos!

.Quais são as expectativas pra banda daqui pra frente?
Quando soltamos ao ar a palavra "futuro", a vista nos parece ficar mais turva. Não sabemos a que tipos de análise somos propensos a estar, qual é o nosso nível de aceitação sob vista meramente musical ou mercadológica, e é nessa penumbra que caminhamos. Enquanto isso, estamos reunindo em estúdio, nas casas uns dos outros, em bares, discutindo sobre nossas vidas, nos divertindo, ao mesmo tempo em que isso é uma coisa séria para todos nós. Seguimos a passos lentos para a aceitação do nosso trabalho, onde quer que ela esteja, respeitamos nosso tempo e nossos limites, sem querer atropelar ninguém. Eu creio que vai ser bom pra gente nos projetar pra fora da cidade, buscar outro apanhado de valores e o mais importante, nunca deixar a alegria e a amizade se acabarem.

. E sobre o lançamento do cd?
"Ancient Rise", nossa primeira demo, ou EP (já que terá 10 músicas), parece um jumento a ser parido de tanto tempo que tá levando pra sair. Quando surgiu a oportunidade com o Segundão de lançar pela TBonTB ficamos muito felizes, porque com certeza seria uma forma transparente de se lançar nossa mídia no mercado. A capa eu mesmo fiz, de forma tosca e amadora, com as idéias de todos reunidos em um almoço maravilhoso na casa da Salma num dia de domingo e nesse mesmo dia saiu o nome do CD, que foi sugestão minha. Sem mais delongas, cremos que ele sairá, no mais tardar, no início de outubro, pois ainda estamos gravando as duas últimas faixas do disco, a Odissey e a Lissergic Groove e esperamos que os fãs de um bom classic rock possam ter a oportunidade de segurar um desses em mãos e espalhar esse vírus por onde puder!!




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Lanna C.